sexta-feira, abril 05, 2019

DE CABRITOS E BATATAS



Ao procurar informações sobre o ditado popular “o bom cabrito não berra”, encontrei um texto de Paulo Coelho do qual, diga-se de passagem, não sou fã, mas respeito sua obra. Escreveu ele em 23/10/2010, em sua Mensagem do Dia, no G1: “O guerreiro da Luz nunca esquece o velho ditado: o bom cabrito não berra. As injustiças acontecem. Todos são envolvidos por situações que não merecem, geralmente quando não podem se defender. Nestas horas, o guerreiro fica em silêncio. Não gasta energia em palavras, porque elas não podem fazer nada. É melhor usar as forças para resistir, ter paciência, e saber que Alguém está olhando. Alguém que viu o sofrimento injusto, e não se conforma com isto. Este Alguém dá ao guerreiro o que ele mais precisa: cedo ou tarde, tudo voltará a trabalhar a seu favor. Um guerreiro da luz é sábio, não comenta suas derrotas".
Não há motivo para ficar carregando o peso de adversidades, injustiças, falsidades. Tanto é assim, que também encontrei algo que por si só, explica essas situações e as  palavras surgem, deste sim, um gênio da língua portuguesa, Machado de Assim, em "Quincas Borba": "Ao vencedor as batatas".
E nada mais precisa ser dito.

terça-feira, agosto 21, 2018

A ESCOLHA É SUA.

“Pense nos outros, não em termos de angelitude ou perversidade, mas na condição de seres humanos, com necessidades e sonhos, problemas e lutas semelhantes aos seus”.  André Luiz.


Uma das mais puras verdades, mas que todos nós teimamos em não aplicar em nossas vidas. Normalmente, colocamos a culpa de nossos males nos outros, nós somos os certos, os corretos; os outros são os responsáveis por todos os desacertos. Por que não pensamos em nossa responsabilidade diante das adversidades?
É simples, porque não fazemos uma reflexão sobre nossos atos, nossas palavras, nossas atitudes perante a vida. Por exemplo, quantos de nós no fim do dia, faz uma abordagem sincera do comportamento diário, ou seja: as palavras que usamos, os atos falhos, o tratamento que dispensamos aos nossos semelhantes? Essa atitude pode ser transformada. Cada um de nós tem o livre arbítrio para decidir. Qual a sua escolha?        

segunda-feira, abril 16, 2018

HARMONIA E AMOR.




Se observarmos a natureza sentiremos a harmonia mais de perto. O mundo orgânico, para andar bem, não pode prescindir da harmonia, que é a base da própria vida universal. E aí está um convite para viver na paz e entender os dons que possuímos. A harmonia pode ser exercitada por toda a vida; falando, ouvindo, vivendo-a. Experimenta olhar pacificando  e sentirás um bem estar indescritível a invadir o teu coração. Vigias o que falas, se em nossas  palavras conduzimos o bem, estaremos conduzindo o amor, que é a harmonia, mais perfeita que conhecemos.  Sejamos coerentes com a vida que ela nos devolverá mais do ofertamos. Cada um de nós, tem um caminho a seguir,  o que não podemos é desdenhar quem segue por um outro:  analisemos e abençoemos.  Em algum lugar, no tempo certo, os que alimentam pensamentos de fé, à procura da verdade, encontrarão com aqueles que ainda vão percorrer os mesmo caminhos.  Contradizer os outros somente porque não comungam os mesmos pensamentos é ignorar a própria verdade, que se veste de muitas formas. Não sejamos “do contra” a nada, mas fiquemos sempre ao lado do bem, em todas as dimensões da vida.

(Baseado em"Cura-te a ti mesmo", de João Nunes Maia, pelo espírito Miramez)

domingo, novembro 05, 2017

DE ORADORES E ORAÇÃO.

Nos ensinam os dicionários que orador é aquele que discursa em público, orador sacro é o que faz sermões, um pregador. 
Mas, como discurso e sermão não fazem parte de nossa conversa, isto me induziu a trazer, para juntos compartilharmos, as palavras de alguém que, certo dia, encontrou a iluminação espiritual. Um pagão, filósofo, orador, um pecador, um ser humano, como todos nós imperfeito, que, por Graça Divina, se converteu.
É dele, esta exegese sobre a Oração:


“Só no recolhimento de uma vida oculta é que podemos gozar e amar a beatitude da verdadeira felicidade. 
No recolhimento, sobrevém aquela alegria genuína e profunda que nada tem com aquilo que geralmente se chama alegria. 
Bondade, amor, piedade, inocência do coração, modéstia, domínio sobre ti mesmo – são coisas que deves possuir sempre: na vida pública e na solidão; no meio dos homens e a sós contigo em casa; na conversa e no silêncio; no trabalho e no repouso. Sempre deves conservar estas coisas – e tudo isto está no teu interior. Entra no teu íntimo! Não vás para fora – entra em ti mesmo! No homem interior é que habita a verdade. 
No recesso da Alma racional, bem no homem interior, aí é que deves procurar e implorar a Deus. É ali que ELE quis habitar. 
Os homens clamam – ELE, porém, ensina no silêncio. 
Os homens falam com palavras – ELE, porém, fala com pensamentos de discreto mistério. Fala ao espírito do homem, não exteriormente pelo ouvido e pela vista, mas interiormente pelo coração. 
Não é com palavras, não é com letras que a Verdade costuma falar. Aos corações atentos, ela fala no interior, ensinando sem ruído, iluminando com a Luz do Espírito. A oração é um clamor da Alma e não da voz ou dos lábios. É no íntimo que soa este clamor – e Deus o ouve.
Quantos são os que clamam com a voz - e são mudos no coração! Falar muito na oração é lembrar desnecessariamente o necessário – ao passo que orar muito é bater, com o Espírito perenemente piedoso, à porta daquele ao qual oramos. 
E isto se faz antes suspirando do que discursando, antes chorando do que falando. Muito amor, não muitas palavras – seja esta a tua oração!”
E nada mais precisa ser dito.

Palavras de Agostinho, nascido em Tegaste, norte da África, atual Argélia, em 354 e que a Igreja Católica santificou: Santo Agostinho. Converteu-se cristão aos 32 anos. 
Tornou-se monge, sacerdote, bispo. 
Morreu aos 76 anos, em Hipona, também na atual Argélia.