domingo, abril 26, 2020

DAS PORTAS


Todos nós temos um momento em que a vida nos obriga a escolher entre o caminho mais fácil e aquele que à primeira vista, para muitos, pode trazer dificuldades. Aquela porta escancarada era um convite. Eu, confesso que errei sim, para que me aventurar em tentar transpor uma porta estreita, não queria me dar a esse trabalho. Fazendo uma analogia moral, eu pequei sim. E não foi uma única vez. Mas só eu e ELE sabe quantas vezes. Ou melhor, ELE e as pessoas às quais magoei, machuquei, ofendi. Numa retrospectiva sincera, entendo que mais acertei. Sabem por que? Porque nada foi feito de modo premeditado, planejado com antecedência. Simplesmente aconteceram. Imaturidade, caráter mal formado, sei lá. Pequei sim. Mas, acho que, por reconhecer o mal causado, Deus em sua infinita bondade, há de me perdoar. A porta da perdição é larga, porque as más paixões são numerosas e o caminho do mal é frequentado pela maioria. A da salvação é estreita, porque o homem que quer transpô-la deve fazer grandes esforços para vencer suas más tendências, e poucos a isso se resignam. Tal é o estado da Humanidade porque a Terra, sendo um mundo de expiação e regeneração, o mal nela predomina; quando ela estiver transformada o caminho do bem será o mais frequentado. Não se precipite, assim como fiz. Observe  bem a porta a transpor; se larga, dê meia volta e procure entrar pela estreita. Com certeza, terá dificuldades para atravessá-la mas o que verá, a paz que sentirá, o sentimento do dever cumprido, compensará qualquer esforço.
#sejafeliz

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