segunda-feira, janeiro 02, 2012

O primeiro "mico" do ano: a implosão que não explodiu...
Pois é, tudo preparado, tudo planejado e o edifício Moinho, comprometido pelo incêndio que devastou a Favela do Moinho no dia 22 de dezembro, não veio abaixo. Dos seis andares, apenas dois foram ao chão. E olha que não foi por falta de dinamite não. Foram utilizados 800 quilos do explosivo. Agora, o trabalho ficará por conta das boas e velhas máquinas e marretas. Mas o melhor - ou pior - estava por vir. O prefeito Kassab, conhecido também por ter uma "explicação" para tudo, veio a público dizer que a ação foi um "sucesso", não houve falha e que o resultado, pífio, estava programado... Ora prefeito, essa foi para detonar nossa paciência.
A lamentar, a morte precoce do jornalista, escritor (17 livros) e tradutor Daniel Piza. Inteligência, competência, cultura, faziam dele um profissional completo. Um talento a ser lembrado. O último post de Daniel, publicado em seu blog, na quarta-feira dia 28: "Parada de fim de ano. Volto no dia 11. Feliz 2012 para todos nós". (28/03/70 - 30/12/11)
E mais um triste registro.
No último dia de 2011, a perda de um amigo e companheiro de tantos anos na extinta Rádio A Tribuna AM, na minha Santos: Alair de Oliveira. Àquela época, sem computador, o discotecário (hoje programador musical) teria que saber tudo sobre todos os lançamentos musicais e o Alair tinha a necessária sensibilidade para escolher o som que melhor se adaptasse a um determinado programa. Com certeza, o plano espiritual terá, a partir de agora, uma trilha musical de melhor qualidade...

2 comentários:

  1. Então seu Dedé...

    E quem disse que não deu certo a implosão do Edifício Moinho?!?!?!? Deu certo sim. Bem... Pelo menos para o Sr. Prefeito Kassab e a Desmontec. Pela minha experiência em serviço público posso até arriscar que, agora, será necessário fazer um aditamento para conclusão do serviço (o que significa que não vai ficar por isso mesmo e tão pouco mais barato). E olha que foram 800 quilos de dinamite e um custo à bagatela de R$3,5 milhões. Uma implosão, se bem calculada e precedida de normas técnicas rígidas, garante o sucesso do feito da sem causar prejuízos indesejáveis. A manobra é segura e altamente recomendada para áreas urbanas adensadas. É assim em todo o mundo. Só não foi aqui em S.Paulo. Pode até não ter sido intencional, mas fala sério... A explicação do Sr. Prefeito e do responsável pela Desmontec vem de encontro com sua opinião: é de detonar nossa paciência.

    Lamentável também a notícia do falecimento do jornalista do Estadão, Daniel Piza. No alto do seu Blog a frase: “ Na corrida contra o tempo somos todos retardatários” . Daniel, na sua corrida contra o tempo foi mais do que pontual... Foi embora cedo demais.

    Até mais ler, caro amigo. Feliz 2012 com muitas notícias boas!!
    Um abraço.

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  2. Não concordo, na verdade temos é que entender como as coisas funcionam nos limites da Prefeitura de São Paulo, aqui as coisas são projetadas para alcançarem sempre a metade das pretensões. São Exemplos clássicos: Metade da implosão do Edifício Moinho; no caso da faixa, quando se estabelece que o motorista deve dar a preferência ao pedestre nas conversões é necessário que não se faça nada para alertar aos pedestres como devem agir ao atravessar as vias, alcançando com isto metade do que se propôs como benefício; no caso Controlar, descobrir que o Controlar não serve para nada a não ser comer o dinheiro do contribuinte possuidor de veículos, alcançando na cabeça do povo metade dos benefícios a que se propôs o projeto principal e por ai vão várias metades. Então, temos que a nossa Cidade, com esta administração, deve ser entendida sempre como a eterna busca por fazer a metade. Triste não é?
    Anselmo

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